Se você é autônomo, profissional PJ ou microempreendedor individual (MEI), sabe que a liberdade de empreender vem acompanhada de uma boa dose de responsabilidade. E quando o assunto é manter o CNPJ em dia, poucos pontos são tão importantes quanto as obrigações fiscais.
A cada ano, surgem prazos, declarações e documentos que precisam ser enviados corretamente à Receita Federal e aos órgãos competentes. Perder algum desses compromissos pode resultar em multas, bloqueios no CPF ou CNPJ e até restrições para emitir notas fiscais ou prestar serviços.
Por isso, fazer um checklist anual das suas obrigações fiscais é uma forma de proteger seu negócio, manter sua atuação regularizada e evitar surpresas desagradáveis.
Ao longo deste artigo, você vai conferir os principais itens que não podem ficar de fora do seu planejamento tributário, além de dicas práticas para se organizar com mais facilidade ao longo do ano. Acompanhe!
- Leia também: Como evitar multas e problemas com o Fisco: erros fiscais mais comuns entre autônomos e PJs
Obrigações fiscais que todo autônomo precisa cumprir
Mesmo sem um CNPJ, o autônomo que presta serviços por conta própria tem compromissos fiscais importantes com o Fisco.
Veja os principais pontos que exigem atenção ao longo do ano:
✅ Preenchimento mensal do Carnê-Leão
Se você recebe de pessoas físicas — como pacientes, alunos ou clientes diretos — deve declarar esses rendimentos por meio do Carnê-Leão.
O contribuinte realiza esse processo mensalmente no sistema da Receita Federal ou pelo aplicativo “Meu Imposto de Renda”.
Caso haja imposto a pagar, ele deve gerar e quitar a DARF até o último dia útil do mês seguinte ao recebimento.
✅ Contribuição obrigatória ao INSS
Para garantir acesso a benefícios previdenciários como aposentadoria e auxílio-doença, o autônomo deve contribuir como contribuinte individual.
A alíquota pode ser de 11% ou 20% sobre o valor declarado, dependendo do tipo de plano.
Essa contribuição pode ser feita via GPS (Guia da Previdência Social) e deve ser paga mensalmente.
✅ Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF)
Todo ano, entre março e maio, é preciso verificar se você se enquadra nas exigências da Receita Federal para declarar o IR.
Caso tenha recebido rendimentos acima do limite anual, movimentado ações ou possua bens acima de um certo valor, a entrega da declaração é obrigatória. Não cumprir essa etapa pode gerar multa e restrições no CPF.
✅ Organização de comprovantes e documentos fiscais
Manter recibos, notas fiscais (se houver), comprovantes de pagamento e extratos bancários organizados ao longo do ano é essencial. Isso facilita o preenchimento das declarações e protege você em caso de questionamentos da Receita ou necessidade de comprovação de renda.
Estar em dia com essas obrigações não só evita problemas com o Fisco, como também fortalece sua atuação como profissional autônomo.
Com um pouco de organização e, se possível, apoio contábil, você consegue manter tudo sob controle e com muito mais tranquilidade.
O que os PJs precisam entregar anualmente para não ter problemas (Simples Nacional ou Lucro Presumido)
Atuar como Pessoa Jurídica (PJ) pode oferecer mais oportunidades, melhor posicionamento profissional e até economia tributária. Mas, junto com essas vantagens, vêm responsabilidades fiscais que exigem atenção ao longo de todo o ano.
Confira as principais obrigações que você precisa cumprir, seja optante pelo Simples Nacional ou pelo Lucro Presumido:
✅ Emissão correta de notas fiscais
Toda prestação de serviço ou venda realizada por uma PJ deve ser documentada por meio de nota fiscal.
Além de ser obrigatória, a emissão correta garante que sua empresa esteja em conformidade com a legislação e ajuda na apuração dos tributos.
Vale lembrar que prestadores de serviço geralmente emitem a nota por meio do sistema da prefeitura.
✅ Pagamento dos tributos mensais
Quem opta pelo Simples Nacional realiza o pagamento unificado de impostos por meio do DAS (Documento de Arrecadação do Simples).
Já no regime de Lucro Presumido, os tributos são recolhidos separadamente — como PIS, COFINS, IRPJ e CSLL — e exigem maior controle e organização.
Em ambos os casos, o pagamento em dia evita multas e juros.
✅ Entrega da DEFIS (para optantes do Simples Nacional)
A Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS) é obrigatória para empresas do Simples e deve ser entregue anualmente até o final de março.
Ela informa à Receita os dados contábeis da empresa, como faturamento, pró-labore, distribuição de lucros e outras informações importantes.
✅ Entrega da ECF e DCTF (para optantes do Lucro Presumido)
Empresas enquadradas no Lucro Presumido precisam entregar duas obrigações acessórias principais:
- ECF (Escrituração Contábil Fiscal): com dados sobre apuração do IRPJ e CSLL.
- DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais): com os tributos apurados e pagos.
Essas entregas são mais complexas e exigem suporte contábil especializado.
✅ Organização e guarda de documentos fiscais e contábeis
Guardar notas fiscais, comprovantes de pagamento, extratos bancários e livros contábeis é essencial. Esses documentos servem como base para as declarações e também como prova de regularidade em caso de fiscalização.
✅ Contratação e acompanhamento de um contador
Por mais que você entenda o básico das obrigações, o acompanhamento de um contador é indispensável nesse regime. Ele garante que todos os prazos sejam cumpridos, evita erros na apuração dos tributos e ainda pode ajudar você a economizar de forma legal.
Manter uma PJ em dia exige mais cuidado, mas com uma rotina organizada e apoio profissional, você consegue focar no crescimento do seu negócio sem dor de cabeça com o Fisco.
Principais obrigações fiscais para os MEIs
Ser MEI é, sem dúvida, uma das formas mais simples e econômicas de atuar como empreendedor formalizado. No entanto, isso não significa que você está isento de obrigações fiscais.
Para manter o CNPJ ativo e regularizado, é fundamental ficar atento a alguns compromissos importantes, especialmente os que devem ser cumpridos anualmente.
✅ Entregar a DASN-SIMEI (Declaração Anual do MEI)
Essa é a principal obrigação do MEI no início de cada ano.
A DASN-SIMEI deve ser enviada até 31 de maio e informa à Receita Federal o faturamento bruto do negócio no ano anterior, além de indicar se houve contratação de funcionário.
Mesmo quem não teve receita precisa enviar a declaração. O não envio pode gerar multas e até o bloqueio do CNPJ.
✅ Manter o pagamento mensal do DAS em dia
Apesar de ser uma obrigação mensal, manter o DAS quitado durante o ano todo é essencial para estar regularizado.
Esse boleto reúne impostos como INSS, ICMS (para comércio) ou ISS (para prestadores de serviço) e deve ser pago até o dia 20 de cada mês.
A falta de pagamento pode resultar em dívidas, perda de benefícios previdenciários e até exclusão do regime MEI.
✅ Verificar exigências estaduais e municipais
Além das obrigações federais, alguns municípios e estados exigem que o MEI cumpra regras locais, como emissão de notas fiscais, renovação de alvarás ou pagamento de taxas específicas.
Por isso, é importante consultar a prefeitura da sua cidade e o portal do empreendedor do seu estado para não deixar nenhuma pendência passar despercebida.
✅ Organizar documentos e comprovantes
Guardar os comprovantes de pagamento do DAS, registros de receita e notas fiscais emitidas é uma prática simples que faz muita diferença. Isso facilita a declaração anual, o controle financeiro e protege você em caso de fiscalização ou necessidade de comprovação de renda.
Estar em dia com essas obrigações garante que você continue aproveitando os benefícios do MEI, como pagar menos impostos, ter acesso à aposentadoria e atuar legalmente no mercado.
Com um pouco de organização (e, se possível, o suporte de um serviço de contabilidade online), você pode manter tudo sob controle sem dor de cabeça.
Como se organizar ao longo do ano para não acumular pendências
Cumprir as obrigações fiscais como autônomo, PJ ou MEI pode parecer desafiador à primeira vista, mas com um pouco de organização ao longo do ano, tudo se torna mais leve.
Separar um momento mensal para revisar documentos, manter os pagamentos em dia e arquivar comprovantes já ajuda a evitar pendências e estresse com o Fisco.
Além disso, contar com o apoio de uma contabilidade especializada faz toda a diferença. Com o suporte certo, você ganha tempo, evita erros e garante que sua atuação esteja sempre regularizada, mesmo diante das mudanças constantes nas regras fiscais.
Seja qual for o seu modelo de atuação, lembrar que você não precisa fazer tudo sozinho é o primeiro passo para construir uma rotina mais segura, produtiva e financeiramente saudável.
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